jueves, 18 de octubre de 2012

A MINHA MOCIDADE

A MINHA MOCIDADE

A minha mocidade, morta e louca,
Batendo novamente à minha porta,
Roçando feito o vento, a minha boca,
O frio da saudade, vem, recorta...

Minha esperança, tosca e pouca,
A vida se apresenta amarga e torta,
A voz da adolescência me treslouca
E o sonho morre torpe, e o sonho aborta.

As rugas e o grisalho do cabelo,
Inverno se prepara, frio e gelo,
O fim se aproximando, e o sonho ronda...

Quem dera se pudesse um oceano,
Num ir e vir infindo, louco, insano,
E o tempo travestido em uma onda...


MARCOS LOURES

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