A MINHA MOCIDADE
A minha mocidade, morta e louca,
Batendo novamente à minha porta,
Roçando feito o vento, a minha boca,
O frio da saudade, vem, recorta...
Minha esperança, tosca e pouca,
A vida se apresenta amarga e torta,
A voz da adolescência me treslouca
E o sonho morre torpe, e o sonho aborta.
As rugas e o grisalho do cabelo,
Inverno se prepara, frio e gelo,
O fim se aproximando, e o sonho ronda...
Quem dera se pudesse um oceano,
Num ir e vir infindo, louco, insano,
E o tempo travestido em uma onda...
MARCOS LOURES
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