SENDAS DA UTOPIA
Expondo uma ossatura, esta carcaça,
Há tanto carcomida emaciada,
Minha alma sem consolos, esfaimada,
As linhas do destino – podres – traça.
Enquanto uma esperança se esfumaça,
A raiva mal contida, extravasada,
O ser humano segue a torpe estrada,
E a vida, sem remédios, corre, passa...
Meu corpo se apodrece a cada instante,
Seguindo entre os cadáveres dos sonhos,
Horripilantes vozes, sons medonhos,
A dura solidão é meu calmante...
Usando esta mortalha- hipocrisia,
Meu verso invade as sendas da utopia...
MARCOS LOURES
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