domingo, 28 de octubre de 2012

MEANDROS DA PAIXÃO

MEANDROS DA PAIXÃO



Horas vira cigano,
deseja-me em orgias
e tenta me enrolar.
Noutras bem possessivo
e poe-me paredão.

Vê lá meu amor,
não me divido no amor...
mas se quiser me ter todinha,
vamos dançar no mesma cartilha!

Se orgias seremos dois,
Se só nós, seremos sós,
Mas pense bem, não vai,
No meio do caminho arrumar capataz...
Já vi este capítulo no filme passado.

Ana Maria

Um velho timoneiro no seu barco,
Aporta no mais belo ancoradouro,
Queria em teus desejos ser o marco
Aonde desfrutar raro tesouro.

O tanto que sofri; meus erros arco,
Pensara num tormento duradouro,
De todos os quereres, sendo parco,
O velho coração, um fervedouro...

Mas ouço uma sereia e o belo canto,
Espalha sobre a terra tal encanto,
Fazendo-me perder rosa dos ventos.

E agora o que fazer se estou entregue?
Uma alma que cigana não sossegue,
Vagando por delírios e tormentos...

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