jueves, 25 de octubre de 2012

DA PODRIDÃO

DA PODRIDÃO



Erguendo-se das cinzas e do pó,
A vida se refaz da podridão,
O corpo se inserindo num caixão,
Inerte e eternamente, segue só,

Sem medo, sem pudores, vai sem dó,
Aos vermes tal poder: renovação,
As almas seguem fátua procissão,
Refeito novamente o antigo nó:

Nascer, crescer, viver e enfim morrer,
Neste moto contínuo segue a vida,
A carne no sagrado apodrecer

Ensina a conhecer esta verdade,
Minha mente se sente convencida:
Existe, na matéria a eternidade...

MARCOS LOURES

No hay comentarios:

Publicar un comentario