sábado, 28 de enero de 2012

NUNCA TIVE


O quanto poderia e nunca tive
Sequer alguma sombra de um passado
Aonde se tentasse ver ao lado
O mundo sem sentido que inda vive

No passo mais audaz, não me contive,
Jamais imaginasse degradado,
O tempo destroçado e transtornado,
No fundo mesmo engano sobrevive,

Arcando com meus velhos passos vãos
Os dias entre tantos matam grãos
E deixam esta ceva sem sentido,

O peso de uma vida sufocasse
E o medo no final gerando o impasse,
Enquanto do caminho inda duvido...

GILBERTO FREITAS

O que não podia


No tanto que se fez e não podia
O mundo desolasse o verso falso
Mergulho neste imenso cadafalso
E vejo tão somente esta ironia,

O corte com certeza se anuncia
E brindo com meu sangue e neste encalço
O velho delirar gera o percalço
E a noite se fizera mais sombria,

Apenas o que irrompe em tempestade
Gerando o quanto possa e desagrade
Arcando o que se tenta em falha e gozo,

No passo sem sentido pela vida,
A luta mais audaz e desprovida
Expressa este cenário pedregoso.

Gilberto Freitas


Aqui comigo.



Nas esperanças mortas e sem nexo
O medo se aproxima mansamente
E quando no final jamais se sente
O rústico cenário mais complexo,

E vejo o quanto possa se perplexo,
Apenas o que roda em tosca mente,
O prazo se deslinda logo à frente
E o medo faz do medo outro reflexo,

Não quero acreditar no que não veio,
Tampouco se anuncia o canto alheio
Qual fosse solução que nunca sigo,

Martirizando o sonho em vago espaço,
Apenas o que tenho teimo e traço,
Expressa o quanto resta aqui, comigo...

Gilberto Freitas

viernes, 27 de enero de 2012

RIMA

RIMA

Meu tempo adentra o quanto não mais sinto
Nem mesmo se emoldura noutra face
E quanto mais deveras se mostrasse
Ousando noutro instante, raro instinto,

Lutando contra a fúria, quase extinto,
O mundo se tramando num impasse,
Vencido sonhador não mais traçasse
O quadro sem sentido e sei que minto,

Organizando os erros do passado,
O tempo noutro tempo desenhado,
E o fim de cada encanto se aproxima,

Na fonte extasiada do que um dia
Pudesse e na verdade não traria
Sequer o quanto quero em nova rima.

GILBERTO FREITAS

PAZ?

PAZ?


Não quero outro momento que não seja
Além do maremoto costumeiro
E sei que se em verdade vou inteiro,
A sorte noutro encanto não poreja,

A vida que deveras já dardeja
Notadamente marca o verdadeiro
Caminho sem sentido, o derradeiro,
Na angústia que me entrega de bandeja,

A luta não cessando um só momento
Enquanto uma saída eu mesmo tento,
Atento sem saber se inda viria

Meu canto se perdendo no vazio,
E quando noutro tempo me recrio,
Apenas resta a frágil fantasia...

GILBERTO FREITAS

DESENCONTRO 2

DESENCONTRO

Como um vencido a ti pedir clemência

Meu coração eu lhe entreguei partido

Chorava-me este corpo na demência

N’um desatino deste amor vivido

Doía então minh’alma, a dor sem fim

Feito uma adaga que traspassa o peito

Cirros fortes desciam sobre mim,

Você dormia, inerte, no teu leito!!

Mas nem assim toquei teu coração

E o desespero, meu, foi todo em vão

Feito andarilho, errante, então parti,

Como quem volta à tumba do desgosto

Correndo o sangue em lágrimas no rosto

Num desespero que eu jamais senti

Sérgio Márcio Carvalho.

Por vezes procurasse uma clemência
Embora tantas vezes me iludisse
A vida na verdade não predisse
O quanto se marcasse em coerência,

O vento toma toda a imprevidência
E gera o que perdura em tal mesmice
Ditames deste amor, velha mesmice,
A sorte não é mera coincidência...

Esparramando versos pelas ruas,
Ao menos esperanças tu cultuas
E sabes do sentido amanhecer,

Despudoradamente o tempo corta,
E a solidão expressa a luta, morta,
Tomando num momento todo o ser...

Gilberto de Freitas.

DESENCONTRO

DESENCONTRO


Tu dizes que contigo eu fui tão rude,
do desprazer a mais segura fonte,
sem gestos de carinho puro, insonte,
d’amor vazia, sem qualquer virtude...

Mas só eu sei de minha solitude,
das lágrimas rolando em minha fronte,
dos longos dias meus, de meu desmonte...
Mas devo te dizer: fiz o que pude!

Não viste meus desejos? Meus encantos?
Os meus olhares tão enamorados?
Eu te busquei, mas tudo foi em vão.

Restaram em minhas mãos carinhos tantos,
nos lábios meus os beijos não te dados,
no meu olhar as marcas da paixão.

Edir Pina de Barros

O quanto poderia ser mais rude
E crer no que viria ou não soubera
Ao menos alimenta velha fera
Que tanto se atrevesse, mas não mude.

Meu passo busca em sua magnitude
O bem quando em verdade mal se espera
A luta me aproxima da quimera
E sei do sonho vago ou amiúde,

Negar o quanto houvera dentro em mim,
Marcando com ternura o teu jardim,
Primaveris sinais do que carregas,

Pressinto a solução sem mais temores,
E sigo seu caminho aonde fores,
Amor, um raro vinho em m’as adegas...

GILBERTO DE FREITAS

SOU NENHUM

SOU NENHUM

Perceba a solidão que nos atinge
E saiba do vazio quando ronda
A senda mais audaz qual fora uma onda
Ou mesmo o quanto possa a velha esfinge,

O sonho que em terror grisalho tinge
A luta sem descanso que ora sonda
O fim e se aproxima e quando estronda
Explica o quanto possa e nada finge.

Marcantes ilusões ou versos frágeis
Aonde deveriam ser mais ágeis
Meus passos seguem sem sentido algum,

O peso de uma luta sem promessa,
O tanto que de fato recomeça,
Depois de certo tempo sou nenhum...

Bsm

PENUMBRAS

PENUMBRAS

Adentro estas penumbras que minha alma
Perpetuando em vago imaginar
Gerasse o quanto possa se excretar
Nas tramas que deveras gerem trauma,

A própria solidão decerto acalma
E a queda não pudera desenhar
O tempo que se esconda ao vão luar,
Conheço este caminho e sigo em calma.

Mas sei que após as tantas turbulências
A vida se mostrando em penitências
Diversas das outrora procuradas

Esconde os restos frágeis de quem fora,
Esta alma tantas vezes sonhadora,
Retrato de outras faces destroçadas.

BSM

ILUSÕES

ILUSÕES

Das ilusões que possam fomentar
O quadro inexpressivo de um momento
Vagando pelo ocaso, sentimento,
Sem mesmo perceber algum lugar,

À sombra do que possa desenhar
O todo que sem nexo algum eu tento,
Vestindo a solidão em vão tormento
E nada do que possa imaginar.

Dos ermos entrelaces de um passado
O vento noutro intento desolado
Marcasse o que pudesse ser além

Demarco com terror o dia a dia
E o vento noutro tom embrenharia
O fim inexorável sempre vem...

BSM

O QUE IMPORTA?

O QUE IMPORTA?

Jamais imaginasse de tal forma
O quanto se fizera mais atroz
E nisto mesmo sigo logo após
Ao todo que deveras nos transforma,

A vida sem sentido nos informa
Do que se mostra rude e nega a voz
E o rumo se ataria em frágeis nós
Perpetuando a dor como tal norma.

Esbarro nos meus erros costumeiros
Preparo inutilmente meus canteiros
E sei do que viria em fardo e corte,

Restando tão somente o que me guia
Avesso ao que seria fantasia
Já pouco ou quase nada ainda em vão me importe.

BSM

Abbuto

Abbuto

Kami Dios que trae curación en sí,
Las reglas médicas con tales ritos
En los días más dolorosos, y de cuantos sufren
Dónde presente la esperanza, que he perdido.
La forma se presenta entonces allí,
Promesas de otro tiempo más bendecido
El alivio del sufrimiento, las rutas, los mitos
El tiempo demostrando lo que sentía,
Y la suerte transmutando al instante
La vida ya ofrece otra etapa
Toda la suavidad más diversa,
Mucho antes de que el dolor pueda empeorar
Alivio, al menos encontrando
Durante este período, atroz, terrible.

Maakyury

Maakyury

In Shintoism the goddess wise I see
The waters, the her reign, dream I drink
And how much to attention and the same I am proposing,
Thus taking advantage best opportunity,
One World is transformed and from the tile
Coming another way I'm not opposed
In accordance with what might most any smiley,
Dressing all the luck that I foresee,
And she exhales of knowledge
My soul so become a vassal,
Learning to deal with my life;
The fate in order configures,
The road that has already been darker,
Right now illuminated and colorful.

PROCURA

PROCURA

Jamais imaginasse o que talvez
Ainda vigorasse no meu sonho,
E quando alguma luz, além, componho,
Divirjo do cenário que tu vês;

A vida com total estupidez
Gerasse o quanto possa ser bisonho,
E mesmo sem sentido me envergonho
Do passo sem nenhuma sensatez.

Espúrio ou mesmo vago viandante
Apenas o final tosco garante
Imerso no vazio desta loucura,

A próxima guinada diz da morte
Que embora tantas vezes; mal suporte,
Ideia que minha alma inda procura...

BSM

jueves, 26 de enero de 2012

Desfeito

Desfeito

Amar e crer possível nova chance
Depois de tantos erros cometidos
Os dias entre enganos, convertidos,
A lenta caminhada não avance,

Ao quanto se desenha este romance
E nele outros momentos e sentidos,
Os olhos envergando os desvalidos
Tormentos refletindo este nuance,

Cercando com meus olhos o que venha,
Idílio adentra noite mais ferrenha
E férrea sensação invade o peito,

Qual fora algum escasso sonhador,
Somando o que pudesse redentor,
No fim o quanto fora está desfeito.

INÚTIL

INÚTIL

Encontro meus resquícios no caminho,
Qual fossem as pegadas, os meus rastros,
A vida se perdendo sem seus lastros
E o tempo se anuncia mais daninho,

E quando do final eu me avizinho,
A sorte se presume aquém dos astros
E quando imaginavas alabastros
Agrisalho o cenário e desalinho.

Não pude ser o quanto desejara
A luta que se fez audaz e cara
Agora se revela vaga e fútil,

O passo na procura do que um dia
Talvez pudesse ser o que eu queria,
Expressa o meu viver escuso e inútil...

BSM

MIXÓRDIA

MIXÓRDIA

O corpo que se veja decomposto
Exposto às mais sutis vicissitudes,
Enquanto na verdade nada mudes,
A vida semeando o duro imposto,

E sei do quanto possa em tal desgosto,
Marcando minha vida em atitudes
Que possam transformar noutras mais rudes
Os vórtices do meu sonho, em vão exposto;

O quanto se traduz carnificina,
A cada novo engodo mais ensina
A sorte em tais lamentos, em discórdia,

Aonde se pudera crer num fato,
Apenas o vazio ora resgato
E busco, inutilmente em tal mixórdia...

BSM

TU DIZES... Trieto Edir Pina Cabral, Marcos Loures e Gilberto Freitas

TU DIZES...  Trieto Edir Pina Cabral, Marcos Loures e Gilberto Freitas

Tu dizes que contigo eu fui tão rude,
do desprazer a mais segura fonte,
sem gestos de carinho puro, insonte,
d’amor vazia, sem qualquer virtude...

Mas só eu sei de minha solitude,
das lágrimas rolando em minha fronte,
dos longos dias meus, de meu desmonte...
Mas devo te dizer: fiz o que pude!

Não viste meus desejos? Meus encantos?
Os meus olhares tão enamorados?
Eu te busquei, mas tudo foi em vão.

Restaram em minhas mãos carinhos tantos,
nos lábios meus os beijos não te dados,
no meu olhar as marcas da paixão.

Edir Pina de Barros   

Porquanto procurei tua presença
Por entre tantos sonhos mais sutis
E o quanto desejara e sempre quis
No fundo a vida fora tão intensa,

O velho coração que em nada pensa
Tentando adivinhar novo matiz
Vivenciando um tempo sempre gris
Agora se presume em noite imensa,

Vagando entre as diversas ironias
Que tanto quanto possas me trarias
E nisso consistisse dor e glória

Anseios entre quedas e mergulhos,
Ousando superar mil pedregulhos
Adivinhando então nossa vitória.

Marcos Loures

Não mais se perderia o que se quer
Vestindo entre os momentos mais diversos
Imaginando o quanto fora em versos
O sonho sem temor onde o puser,

A luta se desenha sem qualquer
Momento que pudesse em universos
Vagando sem temor rumos dispersos
Na busca insuperável da mulher

Que possa me trazer nova alegria
Enquanto no passado nada havia
Somente algum resquício roto e lasso,

O tempo se anuncia sem certeza
E tendo a fantasia sobre a mesa,
O meu futuro em ti, amada eu traço.

Gilberto Freitas

O CORPO ENSANGUENTADO

O CORPO ENSANGUENTADO

O corpo ensanguentado busca um cais
Sem quase descansar, aguarda o fim,
O corte dominando tudo em mim
E o tempo se ditando em nunca mais,

Dos olhos aos diversos temporais
Estio destroçando o meu jardim,
Solucionando o quanto temo e enfim
Os sonhos se repetem, são boçais.

Verdugo do que fora liberdade
Ainda quando o vento desagrade
As grades não mais cessam ventanias,

E o todo noutro enfado desenhavas
Bebendo em tua boca fúria e lavas,
O quanto desejei jamais querias...

BSM

viernes, 6 de enero de 2012

ABERÉM

 ABERÉM

Um gole de cachaça, um aberém
E o tempo se transforma num instante
O quanto poderia e se garante
O gozo mais diverso nos convém

A sorte se anuncia e sei tão bem
O manto aonde o passo se agigante
Nesta abará meu verso galopante
Vencendo qualquer forma de desdém,

Já trago neste olhar o que traria
A vida sem diversa hipocrisia,
Colhendo desde a infância o meu futuro,

E quando de Oxalá sou protegido,
A luta com certeza faz sentido
E o passo rumo ao todo eu asseguro.

MARCOS LOURES

jueves, 5 de enero de 2012

EU QUERO O TEU CARINHO

EU QUERO O TEU CARINHO

Eu quero o teu carinho, e não me canso
De cada vez mais firme procurar
O sonho em que perceba este remanso,
Gostoso de viver e desfrutar.

O coração batendo calmo e manso
Procura nos teus braços descansar.
Paraísos contigo eu sempre alcanço,
E sonho com delícias deste mar

Do amor que se mostrou ser mais capaz
De ter a solução para os problemas,
No riso mais feliz decerto traz

Riqueza que se encontra em raras gemas,
Amor que assim nasceu, em tanta paz,
Rompendo do passado, estas algemas...