PAZ?
Não quero outro momento que não seja
Além do maremoto costumeiro
E sei que se em verdade vou inteiro,
A sorte noutro encanto não poreja,
A vida que deveras já dardeja
Notadamente marca o verdadeiro
Caminho sem sentido, o derradeiro,
Na angústia que me entrega de bandeja,
A luta não cessando um só momento
Enquanto uma saída eu mesmo tento,
Atento sem saber se inda viria
Meu canto se perdendo no vazio,
E quando noutro tempo me recrio,
Apenas resta a frágil fantasia...
GILBERTO FREITAS
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