jueves, 18 de octubre de 2012

ALENTO

ALENTO


Eu quero qualquer coisa que me alente,
O cheiro do café tomando a casa,
Gostoso igual amor, quando esta quente,
Depois que esfria, o tempo tudo atrasa.

Felicidade em velho é sempre urgente,
Senão a realidade se defasa,
Prazer que é mentiroso é penitente
Do antigo fogaréu, nem mesmo brasa.

Estrelas despencadas como seios
Tocando a minha mesa, que banquete!
Soldado que pensara ser cadete

Trazendo no cantil os seus anseios,
Sou menos do que nada, mas resisto,
Se alguém de perto olhar, logo despisto...

MARCOS LOURES

No hay comentarios:

Publicar un comentario